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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

MATA ATLÂNTICA

Nome: Bioma Mata Atlântica.

Tamanho: Já cobriu 1,3 milhões de km², hoje resta apenas 12%.

Habitat: Formada por florestas tropicais e subtropicais úmidas, caracterizadas por alta densidade de árvores, grande diversidade de plantas e clima predominantemente quente e úmido.

Local onde é encontrado: Totalmente nos Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. E parcialmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Motivo da busca: bioma ameaçado de extinção. 

Mata Atlântica: Um Patrimônio Natural em Risco


A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, reconhecida mundialmente como um hotspot de diversidade biológica. Originalmente, estendia-se por aproximadamente 1,3 milhão de km², cobrindo grande parte da costa leste, sudeste e sul do Brasil. Hoje, restam apenas cerca de 12% de sua vegetação original, distribuídos de forma fragmentada.

A Mata Atlântica é formada por florestas tropicais e subtropicais úmidas, caracterizadas por alta densidade de árvores, grande diversidade de plantas e clima predominantemente quente e úmido. É encontrada principalmente em áreas litorâneas, serranas e de planaltos, com ecossistemas variados como restingas, manguezais e florestas de encosta.

Historicamente, a Mata Atlântica abrangia 17 estados brasileiros. Totalmente nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. E parcialmente, nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Atualmente, o bioma ainda está presente, em maior ou menor extensão, em todos esses estados, porém muito reduzido em áreas contínuas.

A biodiversidade da Mata Atlântica é impressionante. Estima-se que o bioma abrigue mais de 20 mil espécies de plantas, sendo cerca de 8 mil endêmicas (ocorrem apenas nessa região). Entre os animais, destacam-se mamíferos como a onça-pintada, o muriqui-do-sul e o tamanduá-bandeira; aves como o mutum-de-penacho e o papagaio-de-cara-roxa; além de répteis, anfíbios e uma infinidade de insetos únicos.

O risco de extinção da Mata Atlântica está diretamente ligado à ação humana. O desmatamento para expansão urbana e agrícola, a fragmentação dos habitats, a poluição de rios e a caça ilegal reduziram drasticamente as áreas preservadas. Como resultado, muitas espécies encontram-se ameaçadas e os serviços ambientais do bioma — como a regulação do clima, a proteção de mananciais e a manutenção da fertilidade do solo — estão comprometidos.

A preservação da Mata Atlântica é essencial para garantir o equilíbrio ecológico, a qualidade de vida das populações humanas e a sobrevivência de espécies únicas. Proteger este patrimônio natural é um compromisso que deve envolver governos, empresas e cidadãos, pois o futuro do bioma é também o futuro do Brasil.


Ramon ventura.

sábado, 14 de junho de 2025

CASTANHA DO PARÁ

Nome popular: Castanha-do-Pará.

Nome científico: Bertholletia excelsa.

Tamanho: Podendo atingir até 50 metros de altura e diâmetros superiores a 1,5 metro.

Família: Lecythidaceae.

Habitat: Prefere florestas de terra firme, com solo profundo e bem drenado, crescendo em áreas pouco perturbadas.

Onde ocorre: No Brasil, é mais comum nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Amapá.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!


Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa): Uma Joia da Floresta Amazônica



A castanha-do-pará, também conhecida como castanha-do-brasil ou castanha-da-Amazônia, é uma das árvores mais emblemáticas e valiosas da Floresta Amazônica. Seu nome científico é Bertholletia excelsa, e ela pertence à família Lecythidaceae. Esta espécie destaca-se não apenas pelo porte imponente, mas também por sua importância ecológica, econômica e nutricional.

A Bertholletia excelsa é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 50 metros de altura e diâmetros superiores a 1,5 metro. Seu tronco é reto e cilíndrico, com copa densa que se projeta acima das demais árvores da floresta. A longevidade dessa espécie é notável — algumas árvores podem viver por mais de 500 anos.

A castanheira-do-pará é nativa da Amazônia sul-americana, sendo encontrada principalmente no Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. No Brasil, é mais comum nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Amapá. Prefere florestas de terra firme, com solo profundo e bem drenado, crescendo em áreas pouco perturbadas.

O fruto da castanheira, com casca dura semelhante a um coco, contém de 10 a 25 sementes — as conhecidas castanhas-do-pará. Ricas em selênio, proteínas, gorduras boas e antioxidantes, essas sementes são amplamente utilizadas na alimentação humana, tanto in natura quanto em produtos processados.

Além do valor nutricional, a castanha-do-pará é uma importante fonte de renda para comunidades extrativistas da Amazônia. A coleta dos frutos ocorre principalmente em áreas de floresta nativa, sem necessidade de derrubar as árvores, o que torna sua exploração sustentável quando bem manejada.

Apesar de sua importância, a Bertholletia excelsa está ameaçada de extinção. A principal causa é o desmatamento para expansão agropecuária, mineração e infraestrutura, que destrói seu habitat natural. A fragmentação florestal compromete a reprodução da espécie, que depende da polinização realizada por abelhas de grande porte, como a Euglossa, e da dispersão de sementes feita por animais, como cutias.

Devido a essa pressão, a castanheira foi incluída na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), classificada como vulnerável. No Brasil, é protegida por lei federal, sendo proibido seu corte, exceto com autorização especial para fins científicos ou de manejo sustentável.

A preservação da castanheira-do-pará é fundamental não apenas para manter o equilíbrio ecológico da Amazônia, mas também para garantir o sustento de milhares de famílias que dependem da castanha para viver. Incentivar o consumo consciente, apoiar produtos certificados e defender políticas públicas de conservação são passos essenciais para proteger essa preciosidade da floresta.


Ramon Ventura.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PIRÁ BRASÍLIA

Nome popular: Pirá-Brasília.

Nome científico: Simpsonichthys boitonei.

Peso: Entre 2 a 3 gramas.

Tamanho: Cerca de 3,5 a 4 cm de comprimento.

Família: Rivulidae.

Habitat: poças temporárias, brejos e veredas do cerrado.

Local onde é encontrado: Especialmente no entorno de Brasília, no Distrito Federal.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Pirá-Brasília (Simpsonichthys boitonei): o raro peixe-das-nuvens do Cerrado

O Pirá-Brasília, cujo nome científico é Simpsonichthys boitonei, é um pequeno peixe de água doce endêmico do Brasil, mais especificamente das veredas do Cerrado próximo ao Distrito Federal. Também conhecido como peixe-das-nuvens, essa espécie chama a atenção não só pela beleza, mas também pela raridade e ameaça de extinção.

Trata-se de um peixe de pequeno porte: os machos atingem cerca de 3,5 a 4 cm de comprimento, enquanto as fêmeas são ligeiramente menores. Seu corpo apresenta cores vibrantes, especialmente nos machos, que possuem tons azulados, esverdeados e manchas alaranjadas — uma adaptação visual tanto para atração quanto para camuflagem.

O Simpsonichthys boitonei vive exclusivamente em poças temporárias, brejos e veredas do Cerrado do Planalto Central, especialmente no entorno de Brasília, no Distrito Federal. Essas águas são sazonais, formadas pelas chuvas, e desaparecem durante a seca — o que exige adaptações extraordinárias desses peixes.

Uma das características mais notáveis do Pirá-Brasília é seu ciclo de vida extremamente curto. Após o início da estação chuvosa, os ovos incubados no solo eclodem e os filhotes crescem rapidamente, atingindo a maturidade sexual em poucas semanas. A gestação ocorre dentro dos ovos, que entram em diapausa (dormência) durante o período seco, sobrevivendo no solo até a próxima estação de chuvas.

Sua dieta é composta basicamente por microcrustáceos, larvas de insetos aquáticos e outros pequenos invertebrados, encontrados no fundo das poças onde vive. Essa alimentação é essencial para o rápido crescimento e reprodução.

O Pirá-Brasília é classificado como Criticamente em Perigo (CR) pela Lista Vermelha da IUCN e também pela lista nacional do ICMBio. Os principais fatores de ameaça incluem:

Expansão urbana e imobiliária, especialmente em áreas próximas ao Distrito Federal. Destruição e drenagem de veredas e brejos, habitats naturais da espécie. Queimadas e mudanças climáticas que reduzem o ciclo hídrico essencial para a reprodução. Introdução de espécies exóticas e poluentes nas águas temporárias.

O Simpsonichthys boitonei é um indicador importante da qualidade ambiental das veredas do Cerrado e representa uma linhagem evolutiva única de peixes anuais. Sua preservação está ligada diretamente à conservação dos corpos d’água temporários e do bioma Cerrado como um todo.

Atualmente, o peixe é foco de pesquisas e ações de conservação, como a criação em cativeiro, proteção de nascentes e veredas, e sensibilização ambiental, principalmente na região do DF.

Ramon Ventura.

terça-feira, 1 de março de 2011

SAGUI DA SERRA ESCURO

Nome popular: Sagui-da-serra-escura.

Nome científico: Callithrix aurita.

Peso: O peso médio dos adultos varia entre 350 e 400 gramas.

Tamanho: seu comprimento corporal pode chegar a 22 a 30 centímetros, sem contar a cauda, que é longa e peluda, medindo até 40 cm.

Família: Callitrichidae.

Habitat: Florestas tropicais e subtropicais úmidas, principalmente em áreas de mata densa de altitude.

Local onde é encontrado: Nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção. 

Sagui-da-serra-escura (Callithrix aurita): o pequeno primata ameaçado da Mata Atlântica

O Sagui-da-serra-escura, também conhecido como sagui-da-serra, é um primata endêmico do Brasil, cujo nome científico é Callithrix aurita. Considerado um dos saguis mais ameaçados do país, essa espécie destaca-se por suas orelhas peludas com tufos pretos, que contrastam com o corpo de coloração acinzentada.

O Callithrix aurita é um dos menores primatas da fauna brasileira. O peso médio dos adultos varia entre 350 e 400 gramas, e seu comprimento corporal pode chegar a 22 a 30 centímetros, sem contar a cauda, que é longa e peluda, medindo até 40 cm.

O habitat natural do sagui-da-serra-escura são as florestas tropicais e subtropicais úmidas, principalmente em áreas de mata densa de altitude. A espécie é endêmica da Mata Atlântica, sendo encontrada em trechos fragmentados nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Sua dieta é variada e adaptável, composta principalmente por gomas de árvores, frutos, insetos, pequenos vertebrados e néctar. Os saguis têm dentes inferiores adaptados para perfurar cascas de árvores e extrair seiva, um de seus principais alimentos.

A gestação do sagui-da-serra-escura dura em média 140 a 150 dias. As fêmeas geralmente dão à luz dois filhotes por ninhada, e os cuidados com os recém-nascidos são compartilhados entre os membros do grupo, o que inclui o macho e outros adultos, comportamento comum entre os calitriquídeos.

O sagui-da-serra-escura está classificado como "Criticamente em Perigo" na Lista Vermelha da IUCN e também nas listas oficiais brasileiras. O principal fator que ameaça sua sobrevivência é a destruição e fragmentação do habitat causada pela expansão urbana, agropecuária, mineração e construção de estradas.

Além disso, sofre com a hibridização com saguis invasores, como o sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) e o sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), espécies introduzidas em áreas onde o C. aurita ocorre naturalmente. Essa mistura genética representa uma ameaça direta à integridade da espécie, podendo levar à sua extinção genética.

Como dispersores de sementes e consumidores de insetos, os saguis desempenham papel fundamental no equilíbrio ecológico da Mata Atlântica. A conservação do Callithrix aurita não protege apenas a espécie, mas ajuda a preservar toda a cadeia ecológica da qual ele faz parte.

Atualmente, há projetos voltados à conservação da espécie, como programas de monitoramento populacional, criação em cativeiro, e educação ambiental, além de esforços para controlar a presença de espécies exóticas invasoras em seu território natural.

Ramon Ventura.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

PEQUIZEIRO

Nome popular: Pequizeiro.

Nome científico: Caryocar brasiliense.

Tamanho: Pode atingir de 6 a 12 metros de altura.

Família: Caryocaraceae.

Habitat: O pequizeiro cresce em áreas de cerrado típico, cerrado rupestre e cerradões, adaptando-se bem a solos ácidos e de baixa fertilidade.

Onde ocorre: Ocorrendo principalmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e no Distrito Federal.

Motivo da busca: Ameaçada de extinção!

Pequizeiro (Caryocar brasiliense): a árvore símbolo do Cerrado brasileiro

O pequizeiro, conhecido cientificamente como Caryocar brasiliense, é uma árvore nativa do bioma Cerrado e profundamente ligada à cultura e à alimentação de diversas regiões do Brasil. Seu fruto, o pequi, é amplamente consumido na culinária regional e considerado um verdadeiro patrimônio natural e cultural.

O pequizeiro pertence à família Caryocaraceae e é uma árvore de médio a grande porte. Pode atingir de 6 a 12 metros de altura, com copa densa e arredondada. Sua casca é espessa e suas folhas compostas apresentam três folíolos. As flores do pequizeiro são grandes, vistosas e melíferas, com pétalas brancas e longos estames amarelos — altamente atrativas para polinizadores como abelhas e morcegos.

É uma espécie endêmica do Cerrado, ocorrendo principalmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e no Distrito Federal. O pequizeiro cresce em áreas de cerrado típico, cerrado rupestre e cerradões, adaptando-se bem a solos ácidos e de baixa fertilidade.

Além de sua relevância ecológica como parte da vegetação nativa e abrigo para a fauna, o pequizeiro tem grande valor econômico e cultural. Seus frutos são ricos em óleos, vitaminas e antioxidantes, sendo utilizados na alimentação, na produção de óleo vegetal e até na medicina popular. É considerado um símbolo do Cerrado e da identidade alimentar do Centro-Oeste brasileiro.

O pequizeiro frutifica entre os meses de setembro e fevereiro, sendo que o pequi amadurece principalmente no final da estação seca e início da chuvosa. A árvore se reproduz por sementes, mas seu ciclo de crescimento é lento — podendo levar anos até atingir a maturidade produtiva.

Apesar de ainda não ser oficialmente listado como ameaçado de extinção, o pequizeiro enfrenta riscos crescentes devido a:

Desmatamento e avanço da agropecuária, que reduzem seu habitat natural;

Queimadas frequentes, que afetam sua regeneração natural;

Coleta predatória de frutos, que pode comprometer a reposição natural da espécie;

Urbanização e obras de infraestrutura em regiões centrais do país.

A conservação do pequizeiro está diretamente relacionada à manutenção do Cerrado. Práticas de manejo sustentável, cultivo agroecológico e valorização do pequi em cadeias produtivas regionais são fundamentais para garantir sua preservação.

Além disso, diversos projetos comunitários e de pesquisa buscam proteger a espécie e promover sua valorização econômica de forma sustentável, aliando conservação ambiental, geração de renda e preservação cultural.

Ramon Ventura.