Nome popular: Castanha-do-Pará.
Nome científico: Bertholletia excelsa.
Tamanho: Podendo atingir até 50 metros de altura e diâmetros superiores a 1,5 metro.
Família: Lecythidaceae.
Habitat: Prefere florestas de terra firme, com solo profundo e bem drenado, crescendo em áreas pouco perturbadas.
Onde ocorre: No Brasil, é mais comum nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Amapá.
Motivo da busca: Ameaçada de extinção!
Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa): Uma Joia da Floresta Amazônica
A castanha-do-pará, também conhecida como castanha-do-brasil ou castanha-da-Amazônia, é uma das árvores mais emblemáticas e valiosas da Floresta Amazônica. Seu nome científico é Bertholletia excelsa, e ela pertence à família Lecythidaceae. Esta espécie destaca-se não apenas pelo porte imponente, mas também por sua importância ecológica, econômica e nutricional.
A Bertholletia excelsa é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 50 metros de altura e diâmetros superiores a 1,5 metro. Seu tronco é reto e cilíndrico, com copa densa que se projeta acima das demais árvores da floresta. A longevidade dessa espécie é notável — algumas árvores podem viver por mais de 500 anos.
A castanheira-do-pará é nativa da Amazônia sul-americana, sendo encontrada principalmente no Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela. No Brasil, é mais comum nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Amapá. Prefere florestas de terra firme, com solo profundo e bem drenado, crescendo em áreas pouco perturbadas.
O fruto da castanheira, com casca dura semelhante a um coco, contém de 10 a 25 sementes — as conhecidas castanhas-do-pará. Ricas em selênio, proteínas, gorduras boas e antioxidantes, essas sementes são amplamente utilizadas na alimentação humana, tanto in natura quanto em produtos processados.
Além do valor nutricional, a castanha-do-pará é uma importante fonte de renda para comunidades extrativistas da Amazônia. A coleta dos frutos ocorre principalmente em áreas de floresta nativa, sem necessidade de derrubar as árvores, o que torna sua exploração sustentável quando bem manejada.
Apesar de sua importância, a Bertholletia excelsa está ameaçada de extinção. A principal causa é o desmatamento para expansão agropecuária, mineração e infraestrutura, que destrói seu habitat natural. A fragmentação florestal compromete a reprodução da espécie, que depende da polinização realizada por abelhas de grande porte, como a Euglossa, e da dispersão de sementes feita por animais, como cutias.
Devido a essa pressão, a castanheira foi incluída na Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), classificada como vulnerável. No Brasil, é protegida por lei federal, sendo proibido seu corte, exceto com autorização especial para fins científicos ou de manejo sustentável.
A preservação da castanheira-do-pará é fundamental não apenas para manter o equilíbrio ecológico da Amazônia, mas também para garantir o sustento de milhares de famílias que dependem da castanha para viver. Incentivar o consumo consciente, apoiar produtos certificados e defender políticas públicas de conservação são passos essenciais para proteger essa preciosidade da floresta.
Ramon Ventura.