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sábado, 28 de setembro de 2024
CANELINHA
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
BOTO-DO-ARAGUAIA
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
LAGARTO-DE-CAUDA-VERDE
segunda-feira, 19 de agosto de 2024
CUÍCA-D'ÁGUA
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
ARAPONGA
domingo, 18 de junho de 2023
FAVEIRO DE WILSON
domingo, 23 de abril de 2023
GUIGÓ DE COIMBRA FILHO
(foto: Eduardo Lacerda\TG) |
Nome popular: Guigó-de-coimbra-filho.
Tamanho: Até 83 centímetros
Local onde é encontrado: No Estado do Sergipe e no norte da Bahia, na região nordeste do Brasil
Habitat: Fragmentos de Mata Atlântica
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção!
O grito do Guigó já assusta, pois é bem alto. Mas quando macho e fêmea soltam a voz juntos para defender seu território, melhor tapar os ouvidos. Eles formam um dueto que grita bem alto na floresta. Uma forma de assustar os grupos invasores.
O Guigó-de-coimbra-filho é uma das mais recentes espécies de primatas descobertos. Foi descritas pelos cientistas em 1999 e batizada em homenagem a um ilustre primatólogo brasileiro Aldemar Coimbra Filho.
Esse pequeno primata vive em grupos que variam entre dois e cinco indivíduos. Quando adultos, além de cantarem em dupla, gostam de viver juntos por toda a vida e criar seus filhotes. Em geral, esta espécie tem apenas um filhote por ano. A gestação dura cerca de seis meses e, quando o bebê Guigó nasce, é o macho quem o carrega. A fêmea amamenta o filhote até os seis meses de idade e, depois disso, o pequeno primata já é considerado independente.
É na floresta que vive o Guigó-de-coimbra-filho, em um espaço chamado extrato médio, que fica em uma altitude de cinco a nove metros. Ali, pendurados nos galhos, eles gostam de descansar a maior parte do tempo. Preferem comer frutas, mas costumam consumir também folhas, sementes, flores e alguns insetos.
A derrubada da floresta para a criação de gado e agricultura e os constantes incêndios são as razões da diminuição do espaço que esse pequeno Guigó precisa para viver.
Ramon Ventura
João Pedro Souza-Alvez
Laboratório de Biologia da conservação
Universidade Federal de Sergipe
Revista CHC.
sexta-feira, 21 de abril de 2023
CASCUDO
Tamanho: Até 14 centímetros
Local onde é encontrado: Mata Atlântica
Habitat: Riachos costeiros do Estado do Rio de Janeiro
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção!
Ele é forte. Seu corpo é coberto por placas ósseas, gosta de viver em meio às correntezas de riachos localizados em áreas de Serra de Mata Atlântica. Boa parte do tempo ele passa pastando no fundo desses riachos. Opa! Opa! Opa! Estava indo tudo muito bem, mas essa história de pastar debaixo d 'água…
Pois é, caro leitor, por mais estranho que pareça, estamos falando de um peixe que tem o hábito de pastar. Explicando melhor, ele usa sua boca grande, larga e cheia de dentes miúdos para raspar as algas que crescem no fundo desses cursos d'água. Nesse movimento, consegue capturar também alguns insetos aquáticos, outro item de sua alimentação.
Assim é a vida do Cascudo Pareiorhaphis garbei, espécie rara e ameaçada!
Machos e fêmeas desta espécie são bem diferentes. O macho tem longo espinhos na lateral da cabeça e no início das nadadeiras peitorais, que não são encontrados nas fêmeas. Em relação à reprodução, os pesquisadores sabem tão pouco sobre esta espécie que sequer descobriram a época do ano em que as fêmeas desovam.
No rio Macaé, um dos poucos lugares onde é encontrado, este cascudo enfrenta uma grande ameaça à sua sobrevivência: A companhia das Trutas-Arco-Íris. Esses peixes exóticos - ou seja, que originalmente não pertencem a nossa fauna - são predadores vorazes e, por isso, representam perigo ao cascudo.
As Trutas-Arco-Íris foram introduzidas no Brasil há mais de 60 anos, para servir de estímulo à pesca esportiva e promover a piscicultura, ou seja, o cultivo dos peixes para o consumo humano. Desde então, tem causado uma série de problemas ambientais. Este fato nos mostra que ameaça de extinção não resulta apenas na destruição de habitat ou da caça ilegal. Inclui outros fatores para os quais os órgãos responsáveis pelo meio ambiente precisam estar atentos.
Ramon Ventura
Jean Carlos Miranda
Departamento das ciências exatas, biológicas e da terra
Universidade Federal Fluminense
Sergio Maia Queiroz Lima
Departamento de Botânica, zoologia e ecologia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Henrique Lazzarotto
Departamento de ecologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Revista CHC.
quarta-feira, 12 de abril de 2023
RATO DO CACAU
Nome popular: Rato-do-cacau ou Saruê-bejú
Nome científico: Callistomys pictus.
Tamanho: 52 a 61 centímetros de comprimento (incluindo a cauda)
Local onde é encontrado: Mata atlântica do sul da Bahia
Habitat: Florestas
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção!
E entre um cacaueiro e outro que vive o Rato-do-cacau. Uma espécie típica do sul da Bahia, região onde crescem plantações da saborosa fruta, que é matéria-prima de uma iguaria ainda mais gostosa, o chocolate!
O Rato-do-cacau é muito arisco, e os pesquisadores sofrem para observá-lo. Ele se esconde muito bem na cabruca, ambiente formado pela mistura de cacaueiros e outras espécies de plantas. É quando a noite chega que o Rato-do-cacau sai pela mata, para procurar folhas e frutos. E, ao perceber que está sendo observado, se esconde novamente, principalmente nos ocos das árvores e nas bromélias que crescem no mato.
Essa dificuldade em observar o Rato-do-cacau faz com que os pesquisadores saibam pouco sobre a espécie. As técnicas de observação que os cientistas usam com outros mamíferos - como atraí-los com alimentos - não funcionam com ele. Sobre sua reprodução, os pesquisadores suspeitam de que cada fêmea tenha apenas um filhote por ano.
Talvez seja a falta de lugar para morar a maior ameaça ao Rato-do-cacau, pois quase toda a floresta nativa do sul da Bahia, onde vive o roedor, já foi desmatada. Boa parte do que resta está nas cabrucas, que estão sendo derrubadas para dar lugar as pastagens.
O Rato-do-cacau resistirá apenas se ajudarmos a preservar o que resta das florestas baianas. Espalhe essa ideia!
Ramon Ventura
Henrique Caldeira Costa
Instituto de ciências biológicas
Universidade Federal de Viçosa - Campus florestas
Revista CHC.
sábado, 8 de abril de 2023
GALITO
(Foto: WikiAves) |
Nome científico: Alectrurus tricolor.
Nome Popular: Galito.
Tamanho: Fêmeas medem de 12 a 13 centímetros de comprimento, aproximadamente, e machos podem chegar a 19 centímetros.
Local onde é encontrado: Predominantemente no Cerrado, tendo sido registrado mais recentemente no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, Goiás e no Mato Grosso do Sul.
Habitat: Campos abertos, onde pode se equilibrar em finos ramos, nos cerrados brasileiro.
Motivo da busca: Animal ameaçado de extinção!
Parente menos famoso do Bem-te-vi, que pelo canto você deve conhecer, o Galito também tem lá suas habilidades. Faz malabarismos no ar, como um pequeno avião. Não é o máximo?
A exibição aérea geralmente ocorre quando ele sai em busca de alimento. Mira suas presas - sejam mariposas, borboletas, libélulas, gafanhotos, moscas ou abelhas - e vruuum!!! mergulham no ar para capturá-las numa bicada certeira.
Há diferenças marcantes entre entre os Galitos macho e fêmea. O macho tem a cauda negra em forma de leque e o corpo apresenta um desenho branco em forma de "V" no dorso e um faixa peitoral negra incompleta. Já a fêmea é parda, com a região da garganta branca e asas e cauda mais escuras.
Na época reprodutiva, a cauda do Galito macho se torna mais avantajada, favorecendo as curiosas manobras que faz no ar para atrair a fêmea. A cauda chega a formar um angulo de 90º com o corpo e o espetáculo no céu é bonito de se ver.
Quando formam um casal, a fêmea assume muitos afazeres: constrói com capim seco o ninho em forma de taça diretamente no solo, escondido em meio às gramíneas altas. Os filhotes saem do ninho após 13 dias de nascidos. Ficam camuflados na vegetação, sendo alimentados e protegidos pela mãe até que consigam realmente voar.
O ambiente natural do Galito, principalmente o solo onde os ninhos são construídos, vem sendo utilizado para plantações e criação de gado. Mas é preciso que haja um planejamento e fiscalização para essas atividades. Do contrário, com o desaparecimento desse habitat, o Galito corre sério risco de extinção!
Ramon Ventura
Sávio Freire Bruno.
Faculdade de Veterinária
Instituto de Biologia
Universidade Federal Fluminense